Desde a última canção que ouvi
Tive a certeza que jamais a veria novamente
Quando o suave calor de seus lábios
Apagava-se rapidamente de minha memória
Repasso filmes e mais filmes de lembranças
Sem mais acreditar no seu majestoso retorno
Só olho para o entardecer novamente como antes
Aguardando que os anjos protejam o caminho teu
As coisas mudam conforme amadurecemos
Quando aprendemos a olhar para velhos brigões
Sem mais nos incomodar com seus conflitos comuns
Percebendo que isso é pura falta de desabrochar
Carrego assim minhas malas para onde for
Como um homem que foi marcado pela força do luar
Que eternamente guia sua vida em direção as estrelas
Não permitindo mais olhar para um horizonte vazio
Seguindo... seguindo... seguindo... para onde a lua mandar
Sem pressa, sem qualquer pensamento ou anseio
A vela intensa cuja chama teima em apagar ou diminuir
Até que cesse o fardo de suas vestes mortais
Ampara minhas lagrimas por uma última vez
Amanhã não chorarei mais, como prometi
Serei todo e plenamente seu como vento sobre a terra
Haverei de preservar minhas pegadas no eixo certo
Para todo o sempre
Para além da eternidade
Sem que um dia me esqueça
Da minha eterna musa de festim